Do Barraco ao Milhão: Como Quebrei aos 30, Morei Sem Geladeira e Reconstruí Tijolo Por Tijolo
Índice
- Por Que Eu Preciso Te Contar Isso
- A Quebra Que Ninguém Viu (30 Anos)
- O Barraco em Minas Gerais
- Os Primeiros 90 Dias: Da Vergonha ao Primeiro Cliente
- O Ponto de Virada
- Os 7 Erros Que Me Levaram à Quebra
- Os 7 Princípios Que Me Fizeram Reconstruir
- Do Zero aos R$ 100k/Mês (Timeline Real)
- O Que Eu Faria Diferente
- Seu Recomeço Começa Agora
Por Que Eu Preciso Te Contar Isso
Essa não é história de “sucesso da noite pro dia”. Não é case de startup que vendeu por milhões. Não é guru que ficou rico ensinando a ficar rico.
Essa é história de quebra, barraco, tijolo e reconstrução.
Se você já quebrou, já tomou calote, já acordou às 3h da manhã sem saber de onde vem a próxima venda — essa história é pra você.
Eu conto isso não para “inspirar”. Inspiração some em 3 dias.
Eu conto isso para mostrar que sistema vence talento. Processo vence improviso. Persistência vence sorte.
E que se EU consegui reconstruir do barraco literal até estruturar R$ 1 bilhão em vendas, você também consegue.
Não vai ser fácil. Não vai ser rápido. Mas vai valer a pena.
Vamos lá.
A Quebra Que Ninguém Viu (30 Anos)
Ano de 2008. Eu tinha 30 anos e achava que estava no topo.
Empresa de consultoria em TI faturando R$ 100k/mês. Sócio “confiável”. Contratos grandes. Vida boa.
Até que um dia, recebi uma ligação.
“Joel, você viu que sua conta foi bloqueada?”
Não era minha conta. Era conta da EMPRESA que estava bloqueada. Por dívidas que EU não sabia que existiam.
O Que Aconteceu
Meu sócio (que cuidava do financeiro) estava desviando dinheiro há 8 meses.
Pagava a si mesmo valores absurdos. Não pagava fornecedores. Não pagava impostos. Tudo no meu CPF e CNPJ.
Quando descobri, era tarde demais:
- R$ 380 mil em dívidas
- Fornecedores ameaçando processar
- Clientes querendo rescindir contratos
- Conta bancária bloqueada
- Sócio desaparecido (literalmente sumiu)
A Decisão
Tentei salvar. Tentei negociar. Tentei reconstruir ali mesmo.
Não deu. A dívida era grande demais. A confiança dos clientes tinha ido embora. Eu estava sozinho.
Decisão mais difícil da minha vida: Fechar a empresa, assumir as dívidas que consegui, e recomeçar do zero em outro estado.
A Dor Real
Não foi só dinheiro. Foi vergonha.
Foi olhar nos olhos dos funcionários e dizer “não consigo pagar vocês esse mês”.
Foi ouvir fornecedor falando “vocês são golpistas” quando EU era o golpeado.
Foi ligar para minha mãe às 2h da manhã chorando porque não sabia o que fazer.
Quebra financeira dói. Mas quebra emocional dói 10x mais.
O Barraco em Minas Gerais
Dezembro de 2008. Saí de São Paulo (onde morava) para Minas Gerais.
Por quê? Porque era o único lugar onde consegui emprego rápido. CTE dos Correios estava contratando.
Salário: R$ 1.200/mês. Não era muito. Mas era FIXO. E eu precisava de fixo.
A Moradia
Aluguei o que consegui com R$ 300/mês: um barraco na periferia.
O que tinha:
- 1 quarto pequeno
- 1 banheiro (chuveiro elétrico que tomava choque)
- 1 cozinha (se é que podia chamar de cozinha)
- Chão de cimento
- Parede com buracos
O que NÃO tinha:
- Geladeira
- Armários
- Mesa
- Sofá
- Aquecedor (e fazia frio pra caramba)
Minha cama era um colchão em cima de 8 tijolos (para não pegar umidade do chão).
Meu “armário” eram 2 caixas de papelão.
A Rotina
5h00: Acordar (não tinha despertador, acordava por medo de atrasar)
5h30: Banho gelado (chuveiro quebrou na 2ª semana)
6h00: Entrar no CTE dos Correios
6h-14h: Trabalhar (separação de correspondências)
14h30: Voltar pro barraco
15h-22h: Procurar clientes, fazer propostas, atualizar sites
O Que Comia
Não tinha geladeira. Comida estragava rápido.
Comprava todo dia: pão, ovo, banana. Às vezes arroz e feijão (cozinhava num fogão velho que veio com o barraco).
Gastava R$ 10/dia com comida. R$ 300/mês.
Sobrava R$ 600 do salário (depois de aluguel e comida). Guardava R$ 400. Usava R$ 200 para transporte e internet (sim, internet era prioridade).
A Vergonha
O pior não era a condição. Era a vergonha.
Vergonha de contar pros amigos onde eu morava. Vergonha de convidar alguém pra visitar. Vergonha de ter “falhado”.
Tinha dia que pensava: “Caramba, eu tinha empresa de R$ 100k/mês. Agora estou aqui.”
Mas tinha outro pensamento mais forte: “Eu vou sair daqui. Tijolo por tijolo.”
Os Primeiros 90 Dias: Da Vergonha ao Primeiro Cliente
Janeiro de 2009. Primeiro mês completo em Minas.
Meu plano era simples (e desesperado):
“Preciso conseguir clientes. Mas não tenho grana para anúncio. Vou ter que bater porta mesmo.”
O Investimento Inicial
Juntei R$ 400 (das economias do salário) e fiz:
R$ 180: 1.000 cartões de visita
R$ 120: Hospedagem de site anual
R$ 100: Créditos de celular pré-pago
Total investido: R$ 400
Foi tudo que tinha. Se não desse certo, ia demorar mais 2 meses pra juntar de novo.
A Estratégia (Se É Que Podia Chamar De Estratégia)
Minha oferta: “Site grátis para as primeiras 5 empresas. Depois disso, cobro.”
Por que grátis? Porque ninguém conhecia meu trabalho. Ninguém confiava em mim. Eu precisava de PROVA SOCIAL.
Dia 1-15: Rejeição Brutal
Peguei a lista telefônica (sim, lista telefônica impressa em 2009) e comecei a ligar.
- 1ª ligação: “Não, obrigado” + desligou na cara
- 5ª ligação: “Já temos agência”
- 12ª ligação: “Site grátis? Qual a pegadinha?”
- 20ª ligação: “Me manda email” (mandei, nunca respondeu)
Resultado primeiras 2 semanas: 0 clientes.
Gastei R$ 50 de crédito. Faltavam R$ 50.
Dia 16: A Mudança de Abordagem
Cansei de ligar. Decidi ir PRESENCIALMENTE.
Peguei mapa da cidade (Google Maps no celular simples não existia), marquei 20 comércios pequenos, e fui bater porta.
Diferença: Quando você está NA FRENTE da pessoa, ela não desliga na sua cara.
1º comércio (loja de roupas):
“Bom dia, meu nome é Joel. Sou desenvolvedor de sites. Estou oferecendo site gratuito para as primeiras 5 empresas como portfólio. Posso mostrar um exemplo?”
Dona da loja: “Grátis? Tem pegadinha?”
Eu: “Não senhora. Eu estou começando aqui na cidade, preciso de portfólio. Se a senhora gostar do resultado, pode me indicar depois. Se não gostar, não paga nada mesmo.”
Ela: “Tá bom. Mas se você sumir, vou espalhar que você é golpista.”
Primeiro cliente conseguido. Dia 16.
Dia 16-30: Os Primeiros 5
Continuei batendo porta. Em 2 semanas, fechei mais 4 sites gratuitos.
Fiz TODOS os 5 sites em 10 dias. Trabalhava à noite, depois do Correios.
Resultado: 5 empresas com site no ar. 5 logos meus no rodapé.
Dia 31: O Primeiro Site PAGO
Uma das 5 empresas (mercadinho local) me ligou:
“Joel, meu cunhado viu meu site e quer um igual. Você faz?”
Eu: “Faço sim. O valor é R$ 500.”
(Sim, R$ 500. Era 2009, site básico custava isso. Hoje seria R$ 2-3k)
Ele: “Beleza. Quando você começa?”
Primeira venda paga. R$ 500. Dia 31.
Chorei. Literalmente chorei sozinho no barraco.
Não era só R$ 500. Era a PROVA de que eu conseguiria sair dali.
Dia 31-60: O Boca a Boca Começou
Dos 5 sites gratuitos, 3 indicaram outros clientes.
- R$ 500 (site para ótica)
- R$ 600 (site para clínica)
- R$ 450 (site para academia)
Faturamento mês 2: R$ 1.550
Dia 61-90: A Virada
Mês 3, a bola de neve começou.
Cada cliente que ficava satisfeito indicava 1-2 pessoas.
- 8 sites pagos (R$ 500-800 cada)
- Faturamento mês 3: R$ 5.200
Pedi demissão do Correios no dia 85.
Meu chefe: “Você é louco? Salário fixo é garantia.”
Eu: “Eu sei. Mas preciso apostar em mim.”
O Ponto de Virada
Mês 6 em Minas Gerais. Abril de 2009.
Faturamento: R$ 12 mil/mês fazendo sites.
Não era milhão. Mas era R$ 10x mais que o salário dos Correios. E era MEU.
O Que Mudou
- Saí do barraco
Aluguei apartamento pequeno (1 quarto, mas COM geladeira). R$ 650/mês.
Primeira coisa que comprei: geladeira usada (R$ 400). Segundo: cama de verdade (R$ 600).
- Contratei ajuda
Não conseguia fazer tudo sozinho. Contratei freelancer para ajudar com design.
- Documentei tudo
Aprendi a lição da quebra: se não está documentado, não existe.
Criei templates de site, checklist de processo, contrato padrão.
O Insight Que Mudou Tudo
Mês 8. Um cliente pediu: “Joel, além de site, você faz consultoria de vendas?”
Eu: “Consultoria de vendas? Eu sou de TI…”
Cliente: “É, mas você vendeu MUITO site em 6 meses. Você deve saber vender. Posso te pagar pra me ensinar?”
💡 CLICK.
Eu estava resolvendo problema errado. Clientes não queriam site. Queriam VENDER MAIS.
Site era meio, não fim.
A partir dali, pivotei: De “desenvolvedor de sites” para “consultor de vendas para pequenos negócios”.
Os 7 Erros Que Me Levaram à Quebra
Depois de quebrar e reconstruir, identifiquei exatamente onde errei na primeira empresa.
São os mesmos 7 erros que vejo em 90% dos empresários que me procuram:
Erro 1: Confiar Sem Verificar
Confiei cegamente no sócio porque “ele era amigo”.
Não checava números. Não pedia relatório. Não entrava no financeiro.
Lição: Confiança é bom. Verificação é melhor. Mesmo com sócio, audite.
Erro 2: Não Ter Sistema Documentado
Tudo estava na minha cabeça ou na cabeça do sócio.
Quando quebrou, não tinha NADA pra seguir. Zero processos escritos.
Lição: Se não está documentado, você não tem empresa. Tem emprego.
Erro 3: Crescer Sem Estrutura
Saí de R$ 10k para R$ 100k/mês sem estruturar NADA.
Mais clientes, mesmo caos. Improviso em escala = quebra garantida.
Lição: Estruture ANTES de escalar. Improviso não aguenta crescimento.
Erro 4: Ignorar Números
Não sabia CAC, LTV, margem real, fluxo de caixa.
Achava que estava lucrando. Estava queimando dinheiro.
Lição: Se você não mede, você não gerencia. Números não mentem.
Erro 5: Depender de 1 Pessoa (Eu)
Só EU vendia. Só EU fechava. Só EU atendia clientes grandes.
Quando tive que resolver crise, vendas pararam. Clientes cancelaram.
Lição: Se a empresa para quando você para, você não tem empresa.
Erro 6: Não Ter Reserva de Emergência
Zero reserva. Quando crise bateu, não tinha colchão.
Lição: Empresa sem 6 meses de reserva é bomba relógio.
Erro 7: Achar Que “Está Tudo Bem”
Mesmo com sinais de problema, eu ignorava:
- Sócio sempre “ocupado” quando eu pedia relatório
- Clientes reclamando de atraso (que eu não sabia)
- Fornecedor cobrando contas que “já estavam pagas”
Eu via sinais e fingia que estava tudo bem.
Lição: Problema ignorado vira crise. Crise ignorada vira falência.
Os 7 Princípios Que Me Fizeram Reconstruir
Esses são os princípios que usei na reconstrução. São os mesmos que ensino hoje:
Princípio 1: Sistema > Improviso
Improviso funciona no começo. Sistema é o que escala.
Documentei TUDO: processo de venda, template de proposta, script de qualificação.
Resultado: Consegui delegar. Consegui crescer sem trabalhar 3x mais.
Princípio 2: Foco > Diversificação
No começo, tentava fazer “de tudo”: site, consultoria, treinamento, SEO.
Depois: só vendas. Foco total em estruturação de vendas.
Resultado: Virei referência em 1 coisa, não medíocre em 10.
Princípio 3: Prova > Promessa
Parei de prometer resultado. Comecei a MOSTRAR resultado.
Fazia trabalho gratuito/barato no início para gerar prova social. Depois cobrava caro.
Resultado: Cases reais vendem mais que qualquer discurso.
Princípio 4: Consistência > Intensidade
Não era o mais talentoso. Era o mais consistente.
Enquanto outros faziam 100 ligações numa semana e paravam, eu fazia 20 por dia por 6 meses.
Resultado: Consistência vence talento no longo prazo.
Princípio 5: Aprender > Ganhar
Reinvesti TUDO em aprendizado: cursos, livros, mentorias.
Gastei R$ 40k em 3 anos estudando vendas, processos, sistemas.
Resultado: Aprendi rápido. Implementei rápido. Cresci rápido.
Princípio 6: Dar Antes de Pedir
Dei muito conteúdo gratuito: artigos, vídeos, mentorias grátis.
Parecia “burrice”. Era estratégia.
Resultado: Autoridade se constrói dando, não vendendo.
Princípio 7: Medir Tudo
Depois de quebrar “no achismo”, passei a medir TUDO:
Leads, conversão, CAC, LTV, ciclo de vendas, churn.
Resultado: Decisões baseadas em dados, não em feeling.
Do Zero aos R$ 100k/Mês (Timeline Real)
Aqui está a timeline REAL de reconstrução:
Mês 1-3 (Jan-Mar 2009): Do barraco ao primeiro cliente pago
- Faturamento: R$ 0 → R$ 5.200/mês
- Trabalhando 16h/dia (Correios + freelancing)
Mês 4-6 (Abr-Jun 2009): Sites + primeiras consultorias
- Faturamento: R$ 12.000/mês
- Saí dos Correios, foquei 100% no negócio
Mês 7-12 (Jul-Dez 2009): Pivotei para consultoria de vendas
- Faturamento: R$ 22.000/mês
- Primeiro funcionário contratado
Ano 2 (2010): Estruturação e crescimento
- Faturamento: R$ 40.000/mês
- 3 funcionários
- Primeiros processos documentados
Ano 3 (2011): Escala e validação
- Faturamento: R$ 65.000/mês
- 5 funcionários
- Framework dos 6Ps começou aqui
Ano 4 (2012): Batida dos R$ 100k/mês
- Faturamento: R$ 100.000/mês estável
- 8 funcionários
- 25 clientes atendidos
Ano 5-17 (2013-2025): Refinamento e expansão
- Faturamento consolidado
- 140 clientes estruturados
- ~R$ 1 bilhão em vendas processadas
- VSS lançado em 2023
O Que Eu Faria Diferente
Se eu pudesse voltar no tempo e dar conselhos pro Joel de 30 anos quebrando:
1. Estruturaria Sistema ANTES de Escalar
Não cresceria de R$ 10k para R$ 100k sem documentar processos.
Investiria 20% do tempo em estrutura, 80% em execução.
2. Contrataria Contador e Advogado BONS
Não economizaria nisso. Contador barato me custou R$ 380k.
3. Teria 12 Meses de Reserva
Não 6 meses. 12 meses. Crise não avisa quando vem.
4. Mediria Tudo Desde o Dia 1
Leads, conversão, CAC, margem, fluxo de caixa. Tudo.
5. Não Confiaria Cegamente Em Sócio
Verificaria. Toda semana. Sem exceção.
6. Aprenderia Vendas Antes de Aprender Produto
Empresa sem vendas morre. Produto ruim com vendas boas sobrevive.
7. Começaria a Ensinar Mais Cedo
Ensinar te obriga a estruturar. Estruturar te faz crescer.
Seu Recomeço Começa Agora
Se você está lendo isso e se identificou com algo da minha história, eu tenho uma mensagem pra você:
Você não está sozinho. E você VAI sair daí.
Não vai ser mágica. Não vai ser da noite pro dia. Mas VAI acontecer.
Se EU consegui sair de um barraco sem geladeira para estruturar R$ 1 bilhão em vendas, você consegue reconstruir seu negócio.
Os 3 Caminhos Para Seu Recomeço
Caminho 1: Sozinho (Gratuito)
Pegue tudo que ensinei aqui e nos outros artigos. Implemente sozinho.
Recursos gratuitos:
Tempo: 6-12 meses
Custo: R$ 0
Dificuldade: Alta (muita tentativa e erro)
Caminho 2: Vendas Sem Segredos (R$ 5.997)
Programa de 90 dias onde eu te ajudo a implementar o mesmo sistema que usei para reconstruir:
✅ CRM configurado (Growth CRM incluso)
✅ Processos documentados
✅ Scripts validados
✅ Funis automáticos rodando
✅ 12 meses de acompanhamento
Resultado esperado: Sistema rodando sozinho em 90 dias.
Caminho 3: Advisory Personalizado (Sob Consulta)
Se você quer minha cabeça direto no seu negócio, fazendo junto com você:
Conclusão: Cicatriz Virou Sabedoria. Sabedoria Virou Sistema.
Quebrar foi a pior e a melhor coisa que me aconteceu.
Pior porque doeu. Muito. De um jeito que você não esquece nunca.
Melhor porque me ensinou que improviso não escala. Sistema escala.
Hoje, quando olho pro barraco (sim, eu voltei lá em 2019, tirei foto), eu não sinto vergonha.
Eu sinto orgulho.
Orgulho de ter reconstruído. Orgulho de não ter desistido. Orgulho de ter virado isso em método.
Sistema > Improviso. Sempre foi assim. Sempre vai ser.
Se você está no barraco hoje (literal ou metafórico), eu te garanto: você VAI sair.
Tijolo por tijolo.
Let’s grow.
Joel Burigo
Do barraco sem geladeira aos R$ 1 bilhão em vendas estruturadas
140 clientes • 17 anos • Cicatriz virou sabedoria
Continue Aprendendo
- 🚀 Sistema > Improviso: Por Que Processo Vence Talento
- 📊 As 7 Métricas Que Valem Mais Que MBA
- 🎯 Framework Completo dos 6Ps
- 💪 De R$ 10k Para R$ 100k/Mês
A Quebra (30 Anos)
Quebrei minha primeira empresa aos 30 anos. Tomei calote do próprio sócio. Perdi tudo.
Não foi “fracasso romântico” de startup. Foi fracasso doloroso, com dívida, com vergonha, com medo.
A Situação
- Empresa falida
- Sócio desaparecido
- Dívidas no meu nome
- Sem reserva financeira
- Precisei recomeçar do zero em outro estado
O Barraco (Minas Gerais)
Fui morar em barraco em Minas Gerais. Sem geladeira, sem móveis. Só um fogão velho e uma cama improvisada em cima de tijolos.
Consegui emprego no CTE dos Correios para ter salário fixo. Acordava 5h da manhã, trabalhava das 6h às 14h.
À noite e fim de semana, corria atrás de clientes.
A Reconstrução (Tijolo Por Tijolo)
Juntei dinheiro do salário e comprei um milheiro de cartões de visita.
Fui bater porta a porta oferecendo site de graça para provar que sabia fazer.
Os Primeiros 90 Dias
- Dia 1-30: 5 sites gratuitos, 0 vendas
- Dia 31-60: 3 clientes pagos (R$ 500 cada)
- Dia 61-90: 8 clientes pagos (R$ 800-1.200 cada)
Nada de mágica. Só consistência, prova de valor e não desistir.
O Sistema (O Que Aprendi)
Depois de reconstruir, percebi algo:
“O problema não foi talento. Foi falta de SISTEMA.”
Na primeira empresa, eu improvisava tudo. Não tinha processo, não tinha CRM, não tinha nada documentado.
Quando quebrei, quebrei tudo junto.
Na reconstrução, fiz diferente:
- Documentei cada processo
- Estruturei funil de vendas
- Implementei CRM básico
- Criei ofertas padronizadas
- Defini meu ICP claro
Os Números (17 Anos Depois)
Hoje
- 17 anos de experiência
- 140 clientes atendidos
- ~R$ 1 bilhão em vendas estruturadas
- Framework dos 6Ps validado
- VSS com centenas de alunos
O Que Eu Faria Diferente?
Se pudesse voltar no tempo e dar 1 conselho para o Joel de 30 anos quebrando:
“Estruture sistema ANTES de escalar. Improviso quebra.”
Por Que Conto Isso?
Porque eu SEI o que é quebrar. SEI o que é morar em barraco. SEI o que é recomeçar do zero.
Por isso, quando ensino sistema de vendas, não é teoria de universidade. É cicatriz que virou método.
Conclusão
Se você está quebrando agora, se está perdido, se não sabe de onde vem a próxima venda — eu já estive aí.
E te garanto: com sistema certo, você reconstrói. Tijolo por tijolo.
Sistema > Improviso. Sempre.